20% dos casos ocorrem devido a fibrilação atrial
As pessoas que tem fibrilação atrial possuem cinco vezes mais chances de ter um AVC, mas o problema é que cerca de 50% dos pacientes não sabem que possuem esta arritmia, já que em muitos casos ela é assintomática. A incidência do problema aumenta após os 60 anos e a melhor forma de prevenir é fazer a verificação do pulso com frequencia.
De acordo com a diretora de Desempenho de Padrões da Rede Canadense de AVC (Canadian Stroke Networks), Patrice Lindsay, que participou do 8º Congresso Mundial do AVE no Brasil, o pulso deve bater com tempo e força regulares. ”Todo paciente com mais de 65 anos deve aprender a sentir o pulso. Diante de qualquer diferença é importante procurar um médico e fazer os exames que podem confirmar ou descartar a presença da arritmia”, explica. Ela acrescenta que diante do diagnóstico, é importante iniciar o tratamento para evitar as consequências do problema.
O médico cardiologista Laercio Uemura explica que 10% dos pacientes com mais de 80 anos têm fibrilação atrial. A patologia é diagnosticada com base em eletrocardiogramas e é monitorada com o uso periódico do roter – um equipamento que mede durante 24 horas os batimentos cardíacos do paciente. ”A qualidade de vida do paciente que tem esta arritmia é menor, ele tem mais cansaço e se queixa de palpitação”, afirma.
Em alguns casos o tratamento da fibrilação atrial pode ser cirúrgico, mas na maior parte das vezes é medicamentoso. O médico explicou que as drogas modernas melhoraram a qualidade de vida dos pacientes e reduzem a interação com outros remédios e alimentos.