Meu triglicérides está alto. E agora?

Meu triglicérides está alto. E agora?
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10/04/2014 — 00h00

Tipo de gordura que pode ser produzida pelo organismo ou ingerida através dos alimentos torna-se perigoso se não for controlado

Uma das primeiras recomendações médicas para baixar o nível de triglicérides é seguir uma dieta balanceada, de baixo teor de carboidratos, e reforçada de verduras e legumes

Londrina – Ir ao cardiologista e receber o diagnóstico de colesterol alto vira motivo de grande preocupação para muitas pessoas. O mesmo nem sempre acontece com aquelas que descobrem ter alto nível de triglicérides – ou triglicerídeos – no sangue. Menos agressivos, eles costumam ser ignorados por muitos, mas também tornam-se perigosos se não controlados: aumentam os riscos de doenças coronarianas e até de desenvolver diabetes.

Os triglicérides são tipos de gorduras que podem ser produzidas pelo organismo ou ingeridas através dos alimentos. Assim como o HDL, LDL, quando encontram-se em níveis alterados no sangue podem causar prejuízos à saúde, principalmente se este aumento estiver associado ao aumento das frações de colesterol citadas.

“Níveis elevados de triglicérides na corrente sanguínea estão associados ao aparecimento de doenças coronarianas e, portanto, é preciso estar sempre ciente da importância de se manter as taxas de triglicérides dentro do limite recomendado”, aponta o médico cardiologista do Centro do Coração de Londrina, Ricardo José Rodrigues. “Triglicérides são a forma de armazenamento energético mais importante no organismo, constituindo depósitos no tecido adiposo no tecido muscular. Porém, o excesso de gordura na alimentação pode ser bastante prejudicial à saúde”, complementa o especialista.

A orientação médica indica manter níveis de triglicérides abaixo de 200, mas não há unanimidade em relação a esse valor. Recentemente, o “Baltimore Coronary Observation Program” sugeriu que níveis acima de 100 devem ser considerados anormais. Já a “American Heart Association” aceita valores até 150.

Independentemente dessas variações, triglicérides abaixo de 100 não requerem tratamento, enquanto indivíduos com níveis superiores a 200 podem ser tratados de acordo com o risco cardiovascular. “Nestes casos, fatores como concomitância de hipertensão, histórico de ataques cardíacos na família, diabetes, vida sedentária, tabagismo e os níveis de colesterol, devem ser levados em consideração”, explica Rodrigues.

Cuidado com a ingestão de álcool

Londrina – E como evitar a elevação da taxa de triglicerídeos? Uma das primeiras recomendações médicas para baixar o nível de triglicérides é utilizar uma dieta balanceada, de baixo teor de carboidratos, e reforçada de verduras e legumes. “Ainda que alguns contenham porcentagem alta de carboidratos são melhores que alimentos processados, como massas e pães”, indica o cardiologista Ricardo José Rodrigues.

Ainda na dieta, é preciso tomar cuidado com a ingestão excessiva de álcool e consumir produtos ricos em ácidos graxos ômega 3, presente em peixes como salmão e atum. “Outro alimento que deverá ser controlado são os doces, já que o açúcar é um tipo de carboidrato”, acrescenta Rodrigues.

É importante também praticar exercícios físicos e evitar o cigarro. A atividade física combate o excesso peso, a principal causa de aumento de triglicerídeos no sangue. Já o tabagismo aumenta os riscos de doenças cardiovasculares e diabetes.

Reportagem Local
Folha de Londrina
10/04/2014
Foto: Shutterstock
em frente à clínica

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