Como funcionam as estatinas?
Você foi diagnosticado com
colesterol alto e seu médico cardiologista lhe receitou estatina? Você sabe
como este medicamento funciona? Para começar, as estatinas nada mais são que
drogas redutoras de colesterol. São as mais utilizadas em todo o mundo.
Sua atuação principal no
organismo é inibir a ação de uma enzima, a HMG-CoA redutase, considerada
fundamental para a síntese do colesterol dentro das células. Este processo faz
com que ocorra uma diminuição do colesterol intracelular e um aumento dos
receptores do LDL-C (colesterol ruim) que auxiliam o fígado remover as partículas de colesterol que circulam
no sangue, o que acaba por diminuir gradativamente a concentração de colesterol
na corrente sanguínea.
As estatinas reduzem o
LDL-C de 15% a 55%, aumentam o HDL-C (colesterol
“bom”) em 2% a 10%, além de reduzirem também os triglicérides, entre
7% e 28%.
“Existem vários tipos de
estatinas e elas são definidas por potencial de ação. Atualmente existem a
lovastatina, fluvastatina, pravastatina, sinvastatina, pitavastatina,
atorvastatina e rosuvastatina, sendo estas últimas, as mais potentes”, explica
o cardiologista do Centro do Coração, de Londrina, Laercio Uemura.
Mas seus efeitos não se resumem
somente à redução do nível de colesterol no sangue. As estatinas também
apresentam efeitos anti-inflamatórios. “Elas combatem a inflamação dos vasos e são
antitrombóticas, ajudando a evitar a formação de coágulos”, acrescenta o
especialista.
Já está comprovado
cientificamente, através de um grande estudo publicado na revista Lancet em
2010, que as estatinas ao reduzirem o colesterol “ruim” em 40
mg/dl, uma redução de 20% das mortes por doença arterial coronariana (DAC), que
são caracterizadas pela formação de placas de gordura na parede das artérias do
coração (aterosclerose coronariana), sendo a principal causa do infarto do
miocárdio (ataque cardíaco).