Você sabe interpretar seus exames corretamente?
Quando vai ao laboratório
resgatar o resultado de seus exames você espera o retorno ao médico para ter
conhecimento ou já abre para dar aquela espiadinha? Se você é daqueles que
espera, ok, mas ainda dá para desconfiar. Por que a maioria não se aguenta
mesmo de curiosidade e abre logo o envelope para saber o que está escrito lá.
E é aí que pintam algumas
dúvidas. Se a pessoa é da área da saúde, ainda dá para compreender muita coisa
do que está no laudo, mas caso contrário fica complicado, não é verdade? Tantos
números, termos técnicos, imagens confusas, deixam aquela pulga atrás da
orelha.
O médico cardiologista Laercio
Uemura diz que é bastante comum os pacientes chegarem ao consultório ainda mais
cheios de questionamentos depois de tentar decifrar o que vem escrito ou
exposto nos laudos médicos. “É normal porque se trata de um documento para o
médico. A linguagem é mais técnica e os termos são mais específicos”, aponta.
Recentemente, a Sociedade Brasileira
de Cardiologia (SBC) lançou nova diretriz que deixa mais rígidas as taxas de
colesterol ruim (LDL) para pessoas consideradas de perfil “risco muito alto”. E
o exame de colesterol é um bom exemplo para tentar entender como interpretar
melhor as informações contidas nos laudos laboratoriais.
“Nesse tipo de coleta, os
laboratórios trabalham com intervalos geralmente determinados em convenções da
área para fixar valores de referências, que variam de acordo com a idade, por
exemplo. Principalmente o colesterol, no qual se medem as taxas de colesterol
bom, ruim e total. E o ruim é o que preocupa mais, pois está associado com
angina e infarto, os valores ideais dependem dos fatores de risco e doenças
associadas a cada indivíduo”, explica Uemura.
Receber um exame com resultados
anormais, abaixo ou acima do considerado normal, muitas vezes não é motivo para
desespero. “É importante levantar sempre o maior número de informações
possíveis com seu médico para saber avaliar em que intervalo se encaixa antes
de chegar a qualquer conclusão, que na maioria das vezes é precipitada”,
esclarece o cardiologista.
Vale lembrar que eles são exames
complementares, portanto uma avaliação precisa depende do quadro clínico de
cada indivíduo.