Redobre os cuidados com o coração no verão
O verão atual é um dos mais quentes dos últimos anos. E para quem vai sair ou já está em férias é preciso redobrar alguns cuidados para não ter de trocar a praia pelo hospital. É muito comum nessa época, também por conta das altas temperaturas, a vontade de sair da rotina, realizar atividades ao ar livre e acabar abusando mais do álcool e das comidas. Mas essa combinação pode ser prejudicial e se tornar um problema.
O recado vale, e muito, para quem já tem histórico de doenças cardiovasculares, ou apresenta obesidade, hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e colesterol alto, fatores que podem potencializar o aparecimento de problemas. As pessoas que fazem parte desse grupo de risco não podem fazer exercícios físicos sem uma avaliação médica prévia.
“É importante ter cautela com a alimentação no verão, evitar exageros de gorduras e frituras. Os frutos do mar, por exemplo, têm alto teor de colesterol, podendo aumentar o risco de aterosclerose. O consumo em excesso de álcool pode predispor o aparecimento de arritmias”, alerta a cardiologista Gabriela Arfelli, do Centro do Coração.
Uma maneira de evitar ter problemas mais sérios durante o verão é manter a hidratação em alta e aferir a pressão arterial regularmente. Praticar exercícios é uma ótima pedida também, desde que dentro do seu limite.
Ela explica que, conforme o corpo perde líquido por meio da transpiração e da respiração e não tem reposição, os vasos sanguíneos vão se fechando para manter a pressão arterial dentro do ideal. E, consequentemente, o sangue fica mais grosso e a frequência cardíaca aumenta. “Em dias de alta temperatura, o organismo precisa fazer muito esforço para se manter funcionando, e isso acelera o ritmo dos batimentos do coração, pois o órgão precisa compensar a necessidade maior de energia”, aponta a médica.
A realização do check-up, no qual o paciente passa por uma consulta e bateria de exames para avaliar suas condições cardiovasculares também é muito importante para afastar o risco de surpresas indesejadas. “É uma ferramenta muito importante na detecção de doenças assintomáticas e também para indicar qual e o programa a ser aderido quando o paciente quer iniciar uma atividade física”, encerra Gabriela.