Os perigos do sedentarismo
Ele é responsável por cerca de 300 mil mortes por ano em território brasileiro, e mais de 5 milhões em todo o mundo, segundo dados da OMS
Para quem
ainda não pratica esportes, esse alerta soa praticamente como uma bomba. O
sedentarismo, condição em que a pessoa não pratica nenhuma atividade física, é
responsável por cerca de 300 mil mortes por ano em território brasileiro, e
mais de 5 milhões em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da
Saúde (OMS).
No Brasil,
apenas 30% dos brasileiros praticam atividades físicas, e estão mais longe de
entrar para essa triste estatística. Mas a maioria ainda corre perigo. O tema é
tão grave que vem sendo debatido com frequência por especialistas de todo o
mundo. De acordo com a OMS, a inatividade já é considerada epidemia.
“Independente
de idade ou sexo, já está comprovado que o exercício físico é extremamente
benéfico para o ser humano e ajuda a prevenir e combater doenças graves. É ela
que vai proteger o coração e vai atuar na diminuição do risco de eventos
cardíacos que a pessoa pode ter”, indica o cardiologista do Centro do Coração
de Londrina, Ricardo Rodrigues.
Um dos principais efeitos do
sedentarismo é a obesidade. Pesquisa recente divulgada pelo Ministério da Saúde
aponta que o índice de brasileiros acima do peso segue em crescimento – mais da
metade de população está nesta categoria (52,5%) e destes, 17,9% são obesos,
fatia que se manteve estável nos últimos anos.
Em 2013 existiam no Brasil 50,8%
pessoas acima do peso e que, destes, 17,5% eram obesos. Já em 2006, o total de
pessoas acima do peso era de 42,6% e de obesos era de 11,8%.
Na verdade,
o que acontece é o chamado efeito dominó, já que a obesidade também potencializa
o aparecimento de outras doenças, como o diabetes (aumento do açúcar no
sangue), de alterações das gorduras do sangue, principalmente aumento dos
triglicérides e diminuição do bom colesterol, e o aumento do risco de pressão
alta.
“Quando
somamos todos esses fatores durante muitos anos, acaba levando ao aparecimento
de doenças do coração, como infarto e derrames. Aumenta também o risco da
insuficiência cardíaca, que é o coração dilatado e fraco, e de arritmias
cardíacas”, enumera o cardiologista.
Para
combater tudo isso, uma alimentação equilibrada aliada à pratica de exercícios
físicos é a principal indicação. Especialistas preconizam que uma média de 30
minutos diários de exercícios físicos já seria suficiente para tirar uma pessoa
da lista de sedentarismo.