Hipertensão e obesidade

Hipertensão e obesidade
O problema do excesso de sódio está na retenção de líquidos pelo organismo que reflete diretamente no aumento da pressão arterial. O médico cardiologista Ricardo Rodrigues explica que a hipertensão arterial promove o envelhecimento dos vasos sanguíneos antes do tempo e os órgãos que possuem muitos vasos são os mais prejudicados. Coração, rins, cérebro, olhos, além do sistema vascular são os mais comprometidos pela hipertensão. Além deste fator, o médico salienta que existe uma correlação entre o consumo de sódio e a obesidade. “As duas coisas andam juntas. Quanto maior a ingestão de sal maior a tendência da pessoa se tornar obesa”, aponta. 

Se antes a hipertensão arterial era característica de indivíduos mais velhos, hoje com a alimentação industrializada e o sedentarismo esta também é uma realidade das pessoas jovens. “Recebemos pacientes hipertensos de 16 ou 17 anos com muita frequência. Eles geralmente estão obesos, ficam horas no computador e comem errado. Desenvolvem a hipertensão por conta dos hábitos de vida”, destaca o cardiologista.

A hipertensão é uma doença crônica que pode ser controlada, mas o médico destaca que é melhor prevenir para que o problema não apareça. “O tratamento reduz as consequências da doença, mas não as elimina”, diz Rodrigues. Ele acrescenta que a melhor maneira de evitar a hipertensão é reduzir o consumo de sal, fazer exercícios, manter o peso adequado, não fumar e controlar o estresse. O médico lembra que a hipertensão arterial é silenciosa e que na maior parte das vezes as pessoas descobrem o problema durante a visita rotineira ao cardiologista. Por isso recomenda-se que todas as pessoas afiram a pressão pelo menos duas vezes ao ano. (M.A.)

CONHEÇA

Sal refinado
É o preferido dos brasileiros, mas todo processo de refinação acaba resultando na perda de minerais e vitaminas. O sal refinado contém apenas cloreto de sódio e iodo

Sal grosso
É menos refinado, mas possui a mesma quantidade de cloreto de sódio e iodo

Sal marinho
Passa por um processo de industrialização diferente, não é submetido ao mesmo processo de refinação, mas segue para a indústria para ser iodado. Tem a mesma quantidade de cloreto de sódio que os demais e possui alguns micronutrientes, por isso o uso deste sal é mais interessante do ponto de vista nutricional

Sal rosa
Rochoso, o sal Rosa do Himalaia é extraído de minas existentes no Nepal e na China. A alta concentração de cobre e potássio dá a ele a coloração rosada

Sal negro
Conhecido como Kala Namak, este tipo de sal é obtido em reservas naturais da região central da Índia. Com cor e sabor peculiares, ele tem a textura crocante e é ideal para ser adicionado aos molhos, saladas e massas na finalização dos pratos

Flor de sal
O vento que atinge a superfície das salinas forma a flor de sal. Com aspecto de pequenos cristais, pode ser produzida em diversos locais e o ideal é acrescentá-la após o preparo do prato para realçar o sabor dos alimentos. Rica em micronutrientes como magnésio, iodo e potássio

Sal light (hiposódico)
É produzido com 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio. Possui menor quantidade de cloreto de sódio, mas é contraindicado para pacientes com insuficiência renal ou insuficiência cardíaca

Sal de ervas
Feito com uma parte de sal e uma parte de ervas secas desidratadas. A vantagem é que as ervas possuem vários compostos que enriquecem a refeição

Receita
Sal de ervas
• 2 colheres de sopa de sal marinho
• 2 colheres de sopa de alecrim seco
• 2 colheres de sopa de manjericão
• 2 colheres de sopa de orégano
• 2 colheres de sopa de louro em pó
Triturar no liquidificador e guardar em um pote de vidro bem fechado. Usar a mesma quantidade que era usada anteriormente para salgar a comida. Lembre-se: o objetivo é reduzir o consumo de sódio

Fonte: Clisia Mara Carreira – nutricionista

Michelle Aligleri
Folha da Sexta (Suplemento Folha de Londrina)
16/05/2014
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