Fique atento com as famosas palpitações
É muito comum ver pessoas reclamando da famosa palpitação no peito. E ela nada mais é do uma percepção anormal dos batimentos cardíacos. Em atividades normais do dia a dia, como a prática de determinado exercício físico ou até mesmo um susto, é normal a percepção mais acentuada dos batimentos cardíacos. Mas é preciso ficar atento se as palpitações forem recorrentes e desordenadas.
Isso por que elas podem indicar algum problema mais grave, como uma arritmia cardíaca, por exemplo. O cardiologista do Centro do Coração de Londrina, Laercio Uemura, orienta que nestes casos é importante analisar como se dá a aceleração do coração.
O especialista explica que os batimentos cardíacos fortes, mas não acelerados, em geral são associados a quadros de ansiedade. Já os batimentos rápidos e regulares, indicam uma taquicardia que pode ser taquicardia sinusal (120 até 130 batimentos por minuto), taquicardia paroxística supraventricular (180 até 250 batimentos por minuto) e casos mais graves taquicardia ventricular.
“O que a gente precisa observar nestes casos é se o início é súbito ou gradual e se o ritmo é regular, por exemplo a fibrilação atrial é percebida como uma aceleração, mas com um ritmo totalmente irregular. A taquicardia sinusal e a taquicardia paroxística supraventricular produzem ritmos acelerados, mas regulares. O batimento cardíaco no segundo caso é muito mais acelerado”, explica Uemura.
Outro fator importante é a presença de dor torácica. “Aí pode ser que seja sintoma de uma doença arterial coronariana. Se também ocorrer alteração visual, lipotímia, tontura ou desmaios pode ser uma arritmia cardíaca mais grave”acrescenta o médico cardiologista.
Uemura recomenda que ao menor sintoma dos citados acima que o paciente procure um médico especialista. A base para o diagnóstico correto da arritmia cardíaca e de sua causa é o exame clínico (principalmente a história clínica), associado a alguns exames que determinam a função do coração (capacidade do coração de bombear o sangue), pois a função cardíaca nos dá uma ideia da gravidade e do risco de complicações que as arritmias podem causar.
