Endocardite pode ser evitada com boa higiene
Doença normalmente ocorre quando uma bactéria ou germe de partes do corpo humano, como a boca, avançam para a corrente sanguínea e chegam ao coração
Hábitos de higiene são importantes também para evitar doenças
cardíacas. A endocardite, infecção do endocárdio (membrana que reveste
internamente o coração) é uma destas patologias que podem ser evitadas com a
manutenção de cuidados com a limpeza do corpo.
Ela normalmente
ocorre quando uma bactéria ou germe de partes do corpo humano, como a boca,
avançam para a corrente sanguínea e chegam ao coração. “A endocardite é uma
doença silenciosa, que deve ser tratada, caso contrário pode danificar
severamente as válvulas do coração, levando sérias consequências para a vida do
paciente afetado”, apontou o cardiologista do Centro do Coração de Londrina, Ricardo
Rodrigues.
É fundamental
permanecer atento às formas de contaminação da endocardite. O uso de cateteres
ou agulhas, procedimentos ortodônticos com cortes na gengiva ou ainda infecções
em outras partes do corpo ou até uma doença sexualmente transmissível podem ser
a porta de entrada para a endocardite.
O cardiologista
reforça, no entanto, que a maioria das pessoas que desenvolve a endocardite já
possui histórico de doenças cardiovasculares. “Ainda que as bactérias consigam chegar ao coração, não é certo que
causarão a infecção. Habitualmente o sistema imunológico consegue matar as
bactérias que conseguem entrar na corrente sanguínea. Quem tem alguma doença,
especialmente nas válvulas, pode ter a chance aumentada”, acentuou o médico.
Os sintomas da endocardite
podem variar de acordo com o caso, mas os mais comuns são: sopro no coração,
fadiga, febre e calafrios, respiração curta, palidez e dores musculares e
nas articulações.
A prevenção à
doença se dá com hábitos simples de boa higiene, como escovar corretamente os
dentes todos os dias e evitar procedimentos que podem gerar infecções, como a
colocação de piercings.
O tratamento de
endocardite normalmente se dá com o uso de antibióticos fortes, geralmente
intravenosos, durante quatro ou seis semanas. Em alguns casos, dependendo de
quanto a válvula já foi danificada, pode ser necessário realizar uma cirurgia
no local.