Dia Mundial do Coração: hora de cuidar do seu grande amigo


As doenças cardiovasculares matam cerca de 17,5 milhões de pessoas ao ano no mundo todo. Isso representa um terço das mortes. O Brasil está entre os 10 países com mais mortes por doenças cardiovasculares. Por aqui, elas ocupam o primeiro lugar em número de óbitos. Chega a 350 mil em um ano. O pódio é formado por derrame, seguido pelo infarto e pressão alta.
A principal causa de morte nos países ricos e nos países emergentes também são as doenças do coração, como o infarto do miocárdio e a insuficiência cardíaca, que têm como causas principais a hipertensão arterial, o diabetes, a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo.
A campanha Setembro do Coração 2016, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), quer chamar a atenção da população brasileira para a hipertensão, colesterol e diabetes, que contribuem consideravelmente para aumentar o índice de mortes por doenças do coração. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente 30% da população tem hipertensão, 30% tem colesterol elevado, 15% tem diabetes ou pré-diabetes e mais de 50% está acima do peso.
Entre todos estes problemas, a grande vilã é a hipertensão arterial. Quando não controlada, causa lesões na aorta, o vaso principal que conecta o coração com os principais órgãos. Eles acabam produzindo uma sobrecarga extra para o coração, que fica com o músculo mais rígido e com o tempo aumenta de tamanho e dilata, gerando insuficiência cardíaca, caracterizada ela falta de ar para fazer esforços e inchaço nas pernas.
“Neste mundo moderno, da tecnologia, dos fast foods, da falta de tempo e da vida atribulada, agitada, estressante, ou você cuida do coração ou ele vai te deixar na mão. Faço sempre este alerta. As pessoas procuram o consultório quando já estão com algum sintoma de problema cardíaco ou alguma doença desenvolvida, mas esquecem que a prevenção é fundamental e ela deve ocorrer desde criança”, orienta o cardiologista Laercio Uemura, do Centro do Coração de Londrina.