Dia Mundial da Obesidade: "é preciso conscientizar desde cedo"
Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde reforçam um cenário preocupante: cerca de 60% da população paranaense está acima do peso. Esse número corresponde a 6,8 milhões de pessoas. Especialistas na área chamam a atenção neste 11 de outubro, Dia Mundial da Obesidade, para os números que não param de crescer e fazem um alerta importante para o futuro.
“Mais do que nunca, é preciso reforçar junto à população a importância de adotar hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física, adotar dietas equilibradas e controlar o estresse. Esses fatores comprovadamente ajudam a evitar o excesso de peso e melhoram a qualidade de vida”, apontou o cardiologista do Centro do Coração de Londrina, Ricardo Rodrigues.
Há muitos anos, órgãos de saúde alertam para os perigos da obesidade. A Organização Mundial reforça que a obesidade é uma epidemia mundial e precisa ser tratada. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil mais da metade da população – 55,7% – tem sobrepeso e 19% está obesa.
Conscientizar desde cedo
Rodrigues reforça que o combate à doença precisa começar mais cedo, ainda na infância. “Hoje há um número muito alto de crianças obesas, e os pais precisam se atentar para os males que isso pode trazer para o futuro de seus filhos. Desde cedo é importante educar a criança para uma vida mais saudável”, reforçou o cardiologista.
Dados da Federação Mundial da Obesidade corroboram para esse alerta. Segundo a entidade, até 2025 11,3 milhões de crianças terão excesso de peso no Brasil. “Além de educar, os pais precisam dar o exemplo, reforçando a importância do consumo de alimentos mais saudáveis, em vez de alimentos industrializados e fast foods”, acrescentou Rodrigues.
Obesidade e coração
Na verdade, o que acontece é o chamado efeito dominó, já que a obesidade também potencializa o aparecimento de outras doenças, como o diabetes (aumento do açúcar no sangue), de alterações das gorduras do sangue, principalmente aumento dos triglicérides e diminuição do bom colesterol, e o aumento do risco de pressão alta.
“Quando somamos todos esses fatores durante muitos anos, acaba levando ao aparecimento de doenças do coração, como infarto e derrames. Aumenta também o risco da insuficiência cardíaca, que é o coração dilatado e fraco, e de arritmias cardíacas”, enumera o cardiologista.