Cuidado com o calor
Incidência de doenças cardiovasculares também aumenta durante o verão; risco existe principalmente em pessoas com mais de 65 anos
Atividades físicas devem se realizadas, preferencialmente, até as 10 horas e após as 17 horas
O inverno é associado à maior incidência de doenças cardiovasculares, mas segundo o médico cardiologista Laércio Uemura, de Londrina, estudos já mostram que as altas temperaturas também aumentam a incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto.
“Trabalho publicado em uma revista norte-americana mostra que existe uma temperatura ideal para o organismo. No clima frio fica entre 16,5 graus e 26,5 graus. Tanto abaixo quanto acima, aumentaria a incidência de problemas. Em climas mais quentes como o do Brasil, a temperatura seria de 26,5 a 32 graus. Acima de 32 graus também aumenta a incidência de derrames e infartos”, explica o especialista.
Segundo o médico, o risco é maior porque nas altas temperaturas os vasos sanguíneos se dilatam para perder calor para o meio ambiente. Além disso a pessoa sua mais, desidratando com mais facilidade e isso diminui o volume plasmático, tornando o sangue mais viscoso. “O fluxo nas artérias menores fica mais lento. Com o aumento da viscosidade aumenta a quantidade de plaquetas, que é uma das causas dos trombos, e isso levaria ao aumento de derrame e infarto”, explica.
O risco existe principalmente em pessoas acima de 65 anos. Para evitar o problema a recomendação é não fazer atividades físicas em horários muito quentes. Se a pessoa não está condicionada ou se tem algum problema cardíaco que não está controlado com medicamento, o risco aumenta, segundo Uemura.
“O melhor horário é até as 10 horas da manhã e depois das 17 horas. Ter uma alimentação leve, rica em frutas e muito líquido também é importante. Não é só tomar água antes, tem que se hidratar o tempo todo, senão aumenta o risco de ter algo. Também é recomendado usar roupas leves e claras”, alerta o médico.
Agricultores
A mesma orientação vale para quem precisa trabalhar sob o sol forte, como agricultores e trabalhadores da limpeza pública, por exemplo. Os idosos merecem atenção especial, já que com o tempo perdem a noção de quando estão com sede. Os pacientes que fazem uso de diuréticos também precisam prestar atenção para se manter hidratados, segundo o cardiologista. Para isso, a melhor opção é a água. O uso de isotônicos, devido ao teor de sódio, é restrito aos esportistas, que fazem exercícios mais intensos e por isso precisam repor sais minerais.
Uemura ressalta também que todos os pacientes hipertensos, aqueles com doenças circulatórias – como insuficiência arterial periférica e pacientes com doenças coronarianas – como angina, ou aqueles já tiveram infarto devem ter mais cuidado ao fazer exercícios, principalmente os mais intensos e em horário inadequado. Entretanto, a atividade física não é proibida, o ideal é procurar orientação.
“Quem tem problema deve seguir orientação do seu médico, porque ele sabe dos limites de cada paciente.”
“Trabalho publicado em uma revista norte-americana mostra que existe uma temperatura ideal para o organismo. No clima frio fica entre 16,5 graus e 26,5 graus. Tanto abaixo quanto acima, aumentaria a incidência de problemas. Em climas mais quentes como o do Brasil, a temperatura seria de 26,5 a 32 graus. Acima de 32 graus também aumenta a incidência de derrames e infartos”, explica o especialista.
Segundo o médico, o risco é maior porque nas altas temperaturas os vasos sanguíneos se dilatam para perder calor para o meio ambiente. Além disso a pessoa sua mais, desidratando com mais facilidade e isso diminui o volume plasmático, tornando o sangue mais viscoso. “O fluxo nas artérias menores fica mais lento. Com o aumento da viscosidade aumenta a quantidade de plaquetas, que é uma das causas dos trombos, e isso levaria ao aumento de derrame e infarto”, explica.
O risco existe principalmente em pessoas acima de 65 anos. Para evitar o problema a recomendação é não fazer atividades físicas em horários muito quentes. Se a pessoa não está condicionada ou se tem algum problema cardíaco que não está controlado com medicamento, o risco aumenta, segundo Uemura.
“O melhor horário é até as 10 horas da manhã e depois das 17 horas. Ter uma alimentação leve, rica em frutas e muito líquido também é importante. Não é só tomar água antes, tem que se hidratar o tempo todo, senão aumenta o risco de ter algo. Também é recomendado usar roupas leves e claras”, alerta o médico.
Agricultores
A mesma orientação vale para quem precisa trabalhar sob o sol forte, como agricultores e trabalhadores da limpeza pública, por exemplo. Os idosos merecem atenção especial, já que com o tempo perdem a noção de quando estão com sede. Os pacientes que fazem uso de diuréticos também precisam prestar atenção para se manter hidratados, segundo o cardiologista. Para isso, a melhor opção é a água. O uso de isotônicos, devido ao teor de sódio, é restrito aos esportistas, que fazem exercícios mais intensos e por isso precisam repor sais minerais.
Uemura ressalta também que todos os pacientes hipertensos, aqueles com doenças circulatórias – como insuficiência arterial periférica e pacientes com doenças coronarianas – como angina, ou aqueles já tiveram infarto devem ter mais cuidado ao fazer exercícios, principalmente os mais intensos e em horário inadequado. Entretanto, a atividade física não é proibida, o ideal é procurar orientação.
“Quem tem problema deve seguir orientação do seu médico, porque ele sabe dos limites de cada paciente.”
Érika Gonçalves
Reportagem Local
Reportagem Local
Matéria publicada no jornal Folha de Londrina em 18/01/2013
Foto: Shutterstock